O crescimento de 1,4% do PIB brasileiro no segundo trimestre de 2024 reflete o dinamismo do mercado de trabalho, segundo a Fiesp. Um dos efeitos desse dinamismo foi o aumento real de 5,8% nos salários em junho de 2024, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Além dos rendimentos do trabalho, a renda das famílias cresceu com ajuda das transferências governamentais, a elevação do salário-mínimo e o pagamento de precatórios. A antecipação do 13º salário para aposentados e beneficiários do INSS também impulsionou a renda, que teve um aumento real de 11% no período.
A Fiesp aponta que a indústria de transformação tem se beneficiado do bom desempenho de bens de capital e bens de consumo. A produção de veículos pesados, como ônibus e caminhões, foi um destaque no primeiro semestre, enquanto a categoria de bens de consumo foi impulsionada pela expansão da renda, com destaque para eletrodomésticos da “linha branca”. Contudo, o setor ainda enfrenta desafios estruturais, como a estagnação do estoque de capital desde 2015 e a capacidade instalada deteriorada.
A Fiesp prevê uma desaceleração econômica na segunda metade de 2024, devido à redução do impulso fiscal e à política monetária restritiva, ajustando a previsão de crescimento do PIB de 2,2% para 2,7% em 2024. Para o estado de São Paulo, a projeção passou de 2,4% para 2,5%.
Matéria de agenciabrasil