A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 4,1% para 4,12% em 2024, conforme o Boletim Focus do Banco Central (BC). Para 2025, a projeção aumentou de 3,96% para 3,98%, enquanto para 2026 e 2027, as expectativas são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.
Embora a previsão de 2024 esteja acima da meta de inflação de 3%, ainda se mantém dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. A partir de 2025, será adotado o sistema de meta contínua, com um centro fixo de 3% e a mesma margem de tolerância.
Em junho, a inflação foi de 0,21%, influenciada pelo grupo de alimentação e bebidas, acumulando 4,23% em 12 meses. A taxa básica de juros, a Selic, está em 10,5% ao ano e foi mantida pelo BC, após sete reduções consecutivas de agosto de 2023 a maio de 2024. Antes disso, a Selic subiu 12 vezes seguidas de março de 2021 a agosto de 2022, chegando a 13,75% ao ano para combater a alta dos preços.
Para 2024, espera-se que a Selic permaneça em 10,5% ao ano, caindo para 9,75% em 2025 e 9% em 2026 e 2027. O aumento da Selic visa conter a demanda aquecida, tornando o crédito mais caro e incentivando a poupança, mas também pode dificultar a expansão econômica. Quando a Selic é reduzida, o crédito fica mais barato, estimulando a produção e o consumo.
As projeções para o crescimento do PIB são de 2,2% em 2024, 1,92% em 2025 e 2% em 2026 e 2027. Em 2023, a economia brasileira cresceu 2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões. A taxa de câmbio do dólar é projetada em R$ 5,30 para o fim de 2024 e 2025.
Matéria de agenciabrasil