A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,9% no trimestre encerrado em junho, o menor índice desde janeiro de 2015. Este é o menor índice já registrado para um trimestre até junho. Em março, a taxa era de 7,9%, e no segundo trimestre de 2023, 8%. No auge da pandemia, em março de 2021, a taxa chegou a 14,9%.
No trimestre encerrado em junho, 7,5 milhões de pessoas procuravam trabalho, o menor número desde fevereiro de 2015, com queda de 12,5% em relação ao trimestre anterior e de 12,8% em comparação ao ano passado. A população ocupada atingiu 101,8 milhões de pessoas, 1,6% mais que no trimestre anterior e 3% superior ao mesmo período do ano passado.
O aumento do emprego foi impulsionado pelo comércio, administração pública e atividades de informação e comunicação. O mercado de trabalho está respondendo positivamente à melhoria do quadro macroeconômico, com mais empregos formais e um crescimento do rendimento médio dos trabalhadores, afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas do IBGE.
O setor privado registrou 52,2 milhões de empregados, com recordes de trabalhadores com carteira assinada (38,4 milhões) e sem carteira (13,8 milhões). A taxa de informalidade foi de 38,6%, uma queda em relação aos 38,9% do trimestre anterior. O número de trabalhadores que contribuem para a previdência atingiu 66,4 milhões, ou 65,2% da população ocupada.
A população desalentada, que desistiu de procurar emprego, caiu para 3,3 milhões, o menor número desde junho de 2016. O rendimento médio do trabalhador foi de R$ 3.214, uma alta de 1,8% no trimestre e 5,8% na comparação anual, o maior desde setembro de 2020. A massa de rendimentos atingiu R$ 322,6 bilhões no segundo trimestre de 2024.
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) registrou saldo positivo de 201.705 empregos em junho, expansão de 29,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, o saldo é de 1,3 milhão de vagas e, nos últimos 12 meses, 1,7 milhão.
Matéria de agenciabrasil