O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a volta do horário de verão no Brasil é uma possibilidade real, mencionando que essa medida pode ajudar a reduzir o consumo de energia elétrica ao aproveitar melhor a luz natural. Ele destacou, entretanto, que a decisão não será precipitada, já que o horário de verão tem implicações não apenas energéticas, mas também econômicas e sociais, afetando a rotina dos brasileiros. A medida, segundo o ministro, pode ajudar a diminuir o uso de usinas térmicas nos horários de pico (entre 18h e 21h), o que contribuiria para o equilíbrio do setor elétrico.
Para o verão de 2024/2025, Silveira solicitou ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico um plano de contingência, com foco em identificar quais usinas térmicas são operadas pela Petrobras e pelo setor privado, visando manter a segurança energética. O ministro mencionou que, com o aquecimento global, o consumo de energia tem aumentado. Em setembro de 2023, o Brasil registrou um recorde de 105 gigawatts (GW) consumidos em um único dia, muito acima da média de 85 GW, o que se deve principalmente ao uso generalizado de aparelhos de ar-condicionado.
Além disso, Silveira destacou os benefícios do horário de verão para setores econômicos como o turismo, bares e restaurantes, que tendem a ser favorecidos pela mudança no horário. O horário de verão foi adotado pela primeira vez no Brasil em 1931, e vigorou continuamente entre 1985 e 2019, quando foi extinto por não gerar uma economia significativa de energia. Ele afetava os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, enquanto as regiões Norte e Nordeste ficavam de fora, pois a diferença de luminosidade não era significativa para justificar a medida. Agora, o MME avalia o retorno da política, considerando aspectos como a geração de energia, os índices pluviométricos e os impactos econômicos.
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