Após nove meses de tramitação no Congresso e sucessivos ajustes, a reforma do ensino médio está pronta para ser sancionada pelo presidente, após aprovação final na Câmara. As mudanças, que entrarão em vigor em 2025 para novos alunos, focam na ampliação das disciplinas básicas como português, matemática, física, química, inglês, história e geografia, conforme a Base Nacional Comum Curricular. A carga horária total será de 3 mil horas ao longo dos três anos do ensino médio, com 2,4 mil horas destinadas à formação geral básica e 600 horas aos itinerários formativos, que oferecem opções de escolha aos estudantes.
A reforma também inclui a padronização dos itinerários formativos, que agora seguirão diretrizes nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Os itinerários disponíveis são: linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias, e ciências humanas e sociais aplicadas. Há considerações especiais para a educação indígena e quilombola.
Além disso, o projeto mantém o inglês como língua estrangeira obrigatória e permite a oferta opcional do espanhol, dependendo da disponibilidade dos sistemas de ensino. A proposta original do Senado de tornar o espanhol obrigatório na formação geral básica foi rejeitada pela Câmara.
Outro aspecto importante é a exigência de que cada município brasileiro mantenha pelo menos uma escola com ensino médio regular noturno, desde que haja demanda comprovada por esse turno nas matrículas feitas junto às secretarias de educação.
A reforma visa atender a demandas da comunidade escolar e entidades educacionais que criticaram o modelo atual do ensino médio, implementado em 2022 com redução da carga horária da formação geral para 1,8 mil horas. Com a nova legislação, busca-se promover uma formação mais ampla e preparatória para os desafios acadêmicos e profissionais dos estudantes brasileiros.
Matéria de agenciabrasil