O governo federal decidiu não instituir o horário de verão em 2024, conforme anunciado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após reunião com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Segundo o ministro, a segurança energética do país está assegurada e não há necessidade de adotar a medida neste verão. Ele destacou que a possibilidade de reintroduzir o horário de verão será reavaliada para 2025/2026. Silveira argumentou que, embora o horário de verão possa ter impacto positivo em certos contextos, sua adoção não deve ser baseada apenas em argumentos dogmáticos ou políticos, mas considerando seus reflexos no setor elétrico e na economia.
A medida, adotada pela primeira vez no Brasil em 1931, foi sistematicamente implementada a partir de 1985, visando reduzir o consumo de energia e beneficiar setores como turismo e comércio. Contudo, foi suspensa em 2019, durante o governo Bolsonaro, após mudanças nos hábitos de consumo energético tornarem a iniciativa menos eficaz. Este ano, o governo chegou a cogitar o retorno da medida devido à seca severa que o país enfrentou, mas optou por manter o planejamento atual.
Pesquisas recentes, como as conduzidas pelo Datafolha e Reclame Aqui/Abrasel, mostram que a população está dividida quanto à volta do horário de verão. Enquanto 47% dos entrevistados pelo Datafolha apoiam a medida, o levantamento da Abrasel indica que 54,9% da população é favorável.
Matéria de agenciabrasil